Você sabia que sentir-se ansioso é normal? É isso mesmo! A ansiedade está ligada ao medo, que é uma das emoções adaptativas. Este tipo de emoção possui uma relação com o bem-estar psicológico e com a sobrevivência. Sendo assim, tanto o medo, quanto as outras emoções adaptativas, como, a raiva e a tristeza, fazem parte do ser humano.
As emoções adaptativas são repentinas, surgem e desaparecem rapidamente. O problema é quando elas permanecem por mais tempo que deveriam e ocorrem com muita frequência, interferindo no cotidiano.
Como identificar a Ansiedade Infantil
Infelizmente, as perturbações ansiosas estão se tornando cada vez mais recorrentes em adultos e crianças. Segundo a neuropsicóloga Débora Fernandes, “a criança com ansiedade pode apresentar os seguintes sintomas: alterações no apetite, dificuldades no sono, queda no rendimento escolar, desmotivação, medos e preocupações excessivas, dores de cabeça, tonturas e retraimento social”.
Existem diversas causas que, sozinhas ou combinadas, podem vir a desencadear o transtorno de ansiedade. “Na minha prática de consultório os fatores mais comuns são medos da perda e de separação e excessiva cobrança, para que esse filho seja perfeito”, relata Débora. Desta maneira, a criança acaba desenvolvendo os medos de errar e de levar broncas.
A convivência social conturbada também pode desencadear o transtorno de ansiedade social, a criança desenvolve medo de ir para a escola, ou de falar com muitas pessoas, por acreditar que vai passar algum tipo de “vergonha” e que vão rir dela.
A observação dos pais é de extrema importância para identificar se a criança está enfrentando algum problema. De acordo com a neuropsicóloga, “Prestar atenção nos sintomas dos filhos e validar o que a criança está sentindo, nem sempre é “frescura”. Ansiedade é sério, podendo levar a desmaios e desenvolver outros transtornos”.
Contação de História x Ansiedade
Diversos estudos mostram que a contação de história promove muitos benefícios, entre eles, proporcionar à criança apoio emocional. Histórias com finais felizes, por exemplo, ajudam a criança a perceber que problemas podem ser superados, que é possível buscar soluções. Então, ao se deparar com desafios, ela terá mais fé no futuro, o que ajuda a suportar dificuldades atuais. Este efeito é potencializado se a história for contada por alguém que a criança ama e admira.
Ouvir histórias ajuda a criança a perceber e a lidar com os sentimentos e as emoções, e permite conhecer mais sobre o mundo e as pessoas. Assim, aos poucos, ela pode compreender a pluralidade de sentimentos, tanto seus, quanto dos outros.
E como foi dito anteriormente, um dos sintomas mais comuns da ansiedade é a dificuldade para dormir. A boa notícia é que contar histórias também contribui com a qualidade do sono das crianças. Esta prática possibilita que ela se desligue da realidade, e assim, inicie um importantíssimo processo de relaxamento.
Por isso, conte histórias a seu filho, passem um tempo juntos e sempre ouça o que ele tem a dizer, mesmo que não seja através de palavras. Até mais!
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